segunda-feira, novembro 15

Prólogo de uma família feliz

Chega a ser ridiculo.
Ninguem se fala, ninguem se vê. São os 4 elementos de uma família num computador, um em cada. Tão inúteis, todos eles... que são incapazes de tirar um copo se quer da mesa.
O pai num jogo estúpido que não leva a porcaria alguma, esquecendo que a infancia dos filhos dele tá passando e ele está perdendo as melhores fases. Não tem passeio de bicicleta para ninguém hoje e nunca.
A mãe em um jogo que consegue ser mais banal que o do pai porque não aguenta mais de tédio, essa família apática deixou ela tão frustrada que apelou para as redes bostas de diversão. Não tem biscoitos caseiros de manteiga, nem cheiro bom saindo do forno, só industrializados.
Um irmão que mais parece um robô. Você fala e ele não responde, só obedece aos comandos sob pressão. Egoísta e superprotegido, mas falta carinho. Tá perdendo os melhores anos da vida dele sentado numa cadeira,vivendo uma realidade cheia de armas que não é a dele. Não tem criança brincando, nem criança feliz alí, só olhos vidrados numa tela.
Uma irmã que só o que faz é ter mau-humor. Ela olha para tudo em volta e sente agonia, sente raiva,tristesa de fazer parte disso mas não faz nada diferente, pelo contrario reverte tudo isso para grosseria e se fecha. Fala com pessoas sem vê-las e não faz mais o que gosta,acho que ela até se esqueceu o que era.
Esse é o progresso e a tecnologia? Pois bem, biscoitos no forno, criança correndo, pai lendo jornal e jogando bola, filha reclamando com a mãe para poder tirar os biscoitos logo do forno enquanto ela tenta pegar o irmão, brincando de pique-pega, parece mais divertido. Isso sim é felicidade.

Qualquer semelhança com a realidade, mera coincidência.

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