sábado, setembro 3

Mulher Gorila

Um dia acordei sem sentir os meus pés, as minhas mãos e meu coração. Olhei pela fresta da janela que iluminava meu quarto, quentinho, de amor e de carinho. Uma brisa leve de saudade percorreu toda a minha pele. Sussurrei então p'ro vento teu nome, teus jeitos, teus sonhos. Meu sonho é teu.
Ele respondeu que você preferia o codinome e que jamais seria meu, mas me esperava logo ali numa estrada que nunca vi.
Levantei-me e percorri o mundo num só cômodo ao amanhecer, porque tardei a achar a aurora e agora só me resta você. Coloquei meu casaco, o dia estava frio, minhas botas e minha bolsa de cetim. Fui vagando pelas ruas pensando se estavas a pensar em mim.
Cantarolei até em casa, cantei todos os medos e anseios do meu coração. "Perdão,ó meu perdão. Perdoe-me de tanta razão, sofri com o mal da noite e agora só me resta chão. Senti,ó se senti, a dor da solidão, agora só me resta chão.
Aqueles que sentem medo de morrer, não saberão viver. Por isso eu grito, grito tudo que acredito. A partir de agora só faço o que penso e só digo o que sinto.
Meu peito tá doendo, tá doendo de saudade. Saudades tuas e daquele tempo em que desconhecia a verdade. Me dê mais um momento,ó vento, não leve de mim essa brisa, porque a saudade que assola é minha vida. "


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